terça-feira, janeiro 08, 2008

O imperfeito mais que perfeito.

Ele era o melhor.O maior.Sua alma brilhava a kilômetros de distância.Seu cheiro era único.Seus gostos eram diferentes,eram maiores, eram melhores.Não existia comparação cabível a ele.Era único.Detinha de todos os adjetivos que possam expressar a grandeza e a plenitude de uma pessoa.Onde ele passava,seus rastros eram marcados como fogo,a água evaporava, e todos veneravam a terra queimada por ele.Suas crenças eram verdadeiras, sua inteligência era exarcebada, e ninguém precisava provar tudo isso, todos já sabiam que era assim. Tudo não tinha lógica,mas era assim que tinha que ser,eles simplesmente sabiam e pronto.Seu nascimento foi anunciado ao mundo todo, e sua morte seria feriado internacional.Quando ele queria, ele fazia.Quando ele falava, todos calavam e quando ele calava todos continuavam calados.Sua escolhas eram sempre corretas, ele era perfeito.Só uma coisa o chateava,embora tivesse o melhor humor que poderia existir na face da terra.Por mais que procurasse,e gritasse.Ele nunca acharia ninguém à sua altura,ninguém que pudesse compartilhar de tão imensurável grandeza.Sim, ele era perfeito, mas era só. Só, com toda a sua perfeição num mundo errado cheio de gente imperfeita.O único de seus defeitos,no caso paradoxal,era não ter defeitos.No final o que adiantava tudo isso?

3 comentários:

Sam Dy Murphy disse...

Você escreve bem, acho lindo isso! Parabéns.

Jornalismo 2008 disse...

muito muito bom

Critical Watcher disse...

De que adianta ser sublime em excelência e viver no lado obscuro da solidão? Pergunta difícil...

Fico feliz por saber que existem pessoas que sabem o quê e como escrever.

Parabéns pelo texto. Beijo!